Literatura infantil para todos.

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v. 2 Criei o Triciclo de papel porque sentia necessidade de escrever sobre livros infantis e partilhar o que penso com outras pessoas. É um blogue não académico, não institucional, talvez (espero) mais um contributo para a divulgação da literatura infantil.

v.1 Triciclo de papel
é um blogue dedicado à literatura infantil, publicada em Portugal e Espanha, considerada na sua função didáctica e formativa e, como não podia deixar de ser, perspectivada de uma forma lúdica.
O subtítulo literatura infantil para todos remete para os nossos filhos, para os nossos alunos, mas também para nós, que muitas vezes não temos tempo para ler senão os livros supostamente dedicados a eles.

17/03/11

Só um golinho, rã de Piet Grobler



Só um golinho, rã, Gatafunho, 2006
26,3 cm x 21,7 cm    25 págs.


Texto e ilustração: 
Piet Grobler






"Está muito calor. O Elefante borrifa-se com água". Assim começa Só um golinho, rã! e é nesse pano de fundo que a protagonista cede ao impulso de beber toda a água que encontra, secando poças, charco, ribeiro, poço e rio. Num ápice, os animais da savana ficam sem a preciosa água de que tanto precisam para resistir ao calor. Então vão, zangados, reclamar a sua água junto da inchada rã, mas esta não dá o braço a torcer. Os animais planeiam uma estratégia: cada um vai tentar convencer a rã com os seus argumentos (uma estrutura semelhante à que foi usada em O Bebé de Fran Manushkin). Quando chega a vez das enguias, estas vão   enrolar-se à volta dela fazendo-lhe tantas cócegas que finalmente a água começa a jorrar da sua boca. Tudo volta à normalidade e quando nos dias quentes a rã se aproxima da água, os animais avisam: só um golinho, rã!
Trata-se de uma história engraçada sobre a partilha e sobre formas simpáticas de resolver conflitos, mas onde este livro faz a diferença é na qualidade das ilustrações. Para além de encontrarmos animais que fogem ao lugar comum, tais como a gazela, as enguias e vários tipos de aves (note-se que o autor nasceu e cresceu em contacto com a natureza numa quinta da África do Sul), por outro lado, ninguém fica indiferente à expressividade das imagens, que convencem o leitor, que contam e ultrapassam o próprio texto.

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