Literatura infantil para todos.

ARQUIVO DO BLOGUE NO FIM
v. 2 Criei o Triciclo de papel porque sentia necessidade de escrever sobre livros infantis e partilhar o que penso com outras pessoas. É um blogue não académico, não institucional, talvez (espero) mais um contributo para a divulgação da literatura infantil.

v.1 Triciclo de papel
é um blogue dedicado à literatura infantil, publicada em Portugal e Espanha, considerada na sua função didáctica e formativa e, como não podia deixar de ser, perspectivada de uma forma lúdica.
O subtítulo literatura infantil para todos remete para os nossos filhos, para os nossos alunos, mas também para nós, que muitas vezes não temos tempo para ler senão os livros supostamente dedicados a eles.

02/06/11

Licença poética

Tenho sempre em consideração as críticas dos amigos. Normalmente fico a remoer, a remoer e já cheguei a fazer alterações ao blogue tendo em conta algumas delas. A última foi de uma amiga de uma amiga. Aconteceu numa festa de casamento para a qual fôramos convidadas as três: eu, amiga e amiga da amiga, todas com respectivos e descendência. A seguir à cerimónia tínhamos rumado todos para a Quinta do Lusitano onde nos esperava um espaço encantador com lagoas de cisnes e tudo, e um copo d'água que prometia e acabou por corresponder às expectativas. Eu não sou muito boa a fazer descrições, até porque me canso primeiro que o leitor, mas resumidamente o repasto consistia numa sucessão contínua de delicados exemplos da mais inovadora gastronomia molecular. É um tipo de cozinha que constitui um interessante desafio sensorial no sentido em que cria um diálogo constante entre a visão e o paladar ao mesmo tempo que se afasta de qualquer referência gastronómica anterior. Assim, em incógnita atrás de incógnita, desafio atrás de desafio fui gerando uma importante dor de cabeça embora, justiça seja feita, resultante menos da comida do que do esforço social que se impunha no momento. É que é raro haver casamento, festa de aniversário ou outra celebração com mais de dez pessoas que não me deixe exaurida. Bem, a questão é que na sobremesa, ou o equivalente a esta, a Rita Moreira (nome falso), a tal amiga da minha amiga, revelou-me estar preocupada, porque lhe parecia que eu no blogue contava coisas muito pessoais. Devo ter dado uma resposta socialmente correcta, daquelas nem muito secas, nem muito extensas, como manda a ocasião, até porque nessa altura a dor de cabeça já me estava a provocar para levantar acampamento. Uma vez em casa, dei voltas ao assunto, contextualizando devidamente a situação, e coloquei-me a seguinte questão: será fundamental para o leitor que todas as situações descritas no blogue sejam verdadeiras, que realmente se tenham verificado? E se eu nunca tivesse ido à Feira do Livro de Lisboa? E se eu não tivesse filhos? E se nem sequer existisse a amiga da amiga?

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