Nadadorzinho, Kalandraka, 2ª ed., Maio de 2010 [1963]
28,3 cm. x 22,4 cm. 32 págs.
Texto e ilustrações: Leo Lionni
Nadadorzinho era um peixe diferente. Era preto no meio de um cardume de peixes vermelhos e nadava mais depressa do que os seus irmãos e irmãs. Um dia, um atum esfomeado engoliu todo o cardume excepto Nadadorzinho. Agora, sentia-se assustado e triste mas não lhe restava outra solução senão ir nadando, nadando... À medida que ia descobrindo a beleza que o rodeava, ganhava forças. Eis quando avistou um cardume de peixes vermelhos, semelhantes aos irmãos que perdera. No entanto, estes viviam temerosos dos terríveis predadores dos mares. Depois de muito pensar, Nadadorzinho teve uma ideia. Juntou todos os peixinhos formando um peixe de enormes proporções e ele como olho-que-guia e nadaram em sintonia conseguindo afugentar o peixe grande.
O ser diferente que se distingue dos outros pela sua forma física —que lhe permite sobreviver— mas também porque pensa —o que lhe permite viver;
a contemplação da beleza com que são recompensados todos os que não se rendem ao infortúnio —uma contemplação que não é resultado de uma busca desenfreada;
a acertada percepção do perigo, do "peixe-grande-que-nos-vai-engolir", que é fundamental para a nossa sobrevivência;
a união de esforços em torno de princípios, ideias, objectivos...
são algumas das questões que me sugere este texto, um Clássico, publicado em 1963 e sempre tão actual.
Um belo livro de Leo Lionni que nos revela uma história simples. Esta sim, uma verdadeira história simples.
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