Literatura infantil para todos.

ARQUIVO DO BLOGUE NO FIM
v. 2 Criei o Triciclo de papel porque sentia necessidade de escrever sobre livros infantis e partilhar o que penso com outras pessoas. É um blogue não académico, não institucional, talvez (espero) mais um contributo para a divulgação da literatura infantil.

v.1 Triciclo de papel
é um blogue dedicado à literatura infantil, publicada em Portugal e Espanha, considerada na sua função didáctica e formativa e, como não podia deixar de ser, perspectivada de uma forma lúdica.
O subtítulo literatura infantil para todos remete para os nossos filhos, para os nossos alunos, mas também para nós, que muitas vezes não temos tempo para ler senão os livros supostamente dedicados a eles.

27/06/11

O primeiro passeio do Bolinha


O primeiro passeio do Bolinha, Editorial Presença, 3ª ed., 1996   [1981]
21,5 cm. x 22 cm.           22 págs.


Texto e ilustrações: Eric Hill


No seu primeiro passeio Bolinha passa para o lado de lá da cerca, espreita na casota e no galinheiro, vai atrás de um barulho esquisito e do cheiro das flores, procura de comer e de beber e finalmente regressa para ao pé da mãe. Não volta sozinho. Volta com a vivência de um conjunto de experiências que vai ter de assimilar a pouco e pouco.






Este é um dos nossos livros de janelas que imperceptivelmente vão caindo no limbo do esquecimento, mas é um daqueles que vão ficar, encaixado em algum ponto da casa à espera que alguém volte a insuflá-lo de vida: talvez só os netos... ou os mesmos filhos... eu próprio?


O Miguel, que ainda acredita no Pai Natal, Reis Magos, rato dos dentes, etc., etc. perguntava-me no outro dia se o Sponge Bob também existia e eu respondi-lhe que sim. Mais tarde, ao jantar, contou ao amigo e este:
—E o Miguel já o foi ver?
—Já. Na Ilha dos Sonhos...
—(Atabalhoadamente) E o Homem-Aranha também existe? Eu também o quero ir ver!
—Quando vocês aprenderem a ler poderão chegar sozinhos à Ilha dos Sonhos.


É assustador saber que há indicadores que mostram que as crianças lêem cada vez mais mas que essa dinâmica se vai perdendo na adolescência e juventude para, em alguns casos, ficar completamente neutralizada na idade adulta.

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